Comportamentos estranhos nos gatos

 

Eu sou a Abóbora

Eu mordo meu dono


(Adaptação do texto de Nelson Ferreira redator do site www.peritoanimal.com.br)

Todos os tutores de gatos gostam de fazer carinho enquanto eles estão ronronando, mas este momento de relaxamento pode converter-se em um momento desagradável quando o nosso gato nos ataca, e sem aviso prévio nos arranha ou nos morde.
A maioria dos ataques acontece quando acariciamos o nosso gato ou quando estamos brincando com ele, mas alguns donos temem ataques do seu gato inclusivamente quando estão tranquilamente sentados assistindo televisão ou quando estão dormindo. Os ataque e a sua gravidade variam muito dependendo dos casos.Para resolver este problema a primeira coisa a fazer é entender a causa destas agressões.

Agressão por problemas médicos

Se de repente o seu gato tem um comportamento agressivo, a primeira coisa a fazer é levá-lo ao veterinário para verificar a existência de causas clínicas.
A raiva ou um problema hormonal podem causar comportamentos agressivos, mas se a causa é um problema de saúde, um motivo muito frequente é a artrite. Alguns gatos com problemas neurológicos podem ter momentos repentinos de dor muito intensa.

Se o exame físico do seu gato feito pelo veterinário não conseguir isolar o problema, é possível que uma radiografia o consiga fazer.

Agressão por brincadeira

Os gatos são predadores, e é algo inato neles realizar brincadeira de ataques, quando são filhotes, para treinarem a caça de presas reais quando forem adultos. Efetivamente não é raro ver um gatinho atacando e mordendo sem magoar os pés ou as mãos do dono, e por muito lindo que pareça, este tipo de comportamento, se continuar na idade adulta, será um problema. Os ataques e mordidas na brincadeira são comportamentos frequentes nos gatinhos jovens, e quando se mantém na idade adulta, é porque o gato "aprendeu" este comportamento.

Frequentemente são os próprios donos do gato que o ensinam a atacar em tom de brincadeira. Quando o gato é pequeno brincam com ele movendo as suas mãos ou os seus pés como se fossem presas para o gatinho as atacar, porque quando o gatinho faz isso pode parecer gracioso e engraçado. No entanto, com este ato estamos ensinando um comportamento que manterá na idade adulta, não por maldade, mas sim por diversão, e porque realmente pensam que o podem fazer.

Outra causa dos ataques em tom de brincadeira é o aborrecimento. Brincar com o nosso gato com objetos específicos para isso,  em vez de o fazer com as mãos ou pés, é mais adequado. Mas se estas sessões de brincadeira são pouco frequentes, ou se o nosso gato passa o seu dia num recinto fechado sem fazer nada, é natural que fique muito excitado e acumule energia que pode ser libertada em um ataque como forma de chamar a atenção.

Agressão ou mordida por medo

Um gato que tem medo, adota tipicamente um posição agachada, (o caso de nossa Nina), com as orelhas para trás e com o rabo curvado para dentro, inclinando o seu corpo para trás para se afastar da ameaça, se nos aproximamos, sofremos ataque.

O gato assustado tem três opções: fugir, imobilizar-se ou atacar. Se um gato assustado não tem escapatória e a "ameaça" continua presente depois de se imobilizar por uns segundos, é muito provável que ataque mordendo.

Um gato que não tenha sido socializado adequadamente, quando tinha entre 4 a 12 semanas, pode ser medroso e desconfiado com os humanos e ter este comportamento. Mas também pode acontecer com um gato corretamente socializado que está num novo meio ambiente, ou com um desconhecido, ou que está na presença de um objeto novo que o pode assustar, como um secador em funcionamento ou outro barulho alto. A Nina (da foto) é assim.

Como gerir a situação

Cada caso é diferente e requer uma gestão específica, agora que leu este artigo pode saber porque o seu gato morde e ataca e será mais fácil adequar o seu comportamento para solucionar a situação.

O importante é ser sempre paciente com o seu gato e não colocá-lo em uma situação de medo ou de estresse, que provoque este tipo de reação agressiva. Pode utilizar o reforço positivo, como os carinhos ou um pedacinho de queijo quando o seu gato se portar bem.

Com paciência e compreendendo as razões do comportamento do seu gato, poderá ajudá-lo a melhorar.
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