Abóbora e sua triste história

 Relato por mim, Lord.

Eis a foto da nossa Laranjinha.

O resgate foi avisado de que uma pequenina gatinha laranja estava morrendo ao lado dos filhotes que nasceram mortos. Imediatamente os protetores foram ao local e a recolheram, quase sem vida. No hospital passou por vários procedimentos, e aos poucos a pequena laranjinha foi se recuperando. Ao sair do hospital foi para um abrigo. Foi estimado que deveria ter seis meses. Neste abrigo ela encontrou amor e proteção por parte da tutora que cuida dos resgatados que lhe são confiados. 

Alguns meses depois, uma senhora tentou adotá-la, mas não se adaptou, pois a pequena gatinha tinha um medo insano dos humanos e não deixava ninguém se aproximar. Voltou para o abrigo, e a senhora que a adotou ajudava em sua manutenção. 

Certo dia, minha maninha mais nova foi a este abrigo em busca de um gatinho. Desde o momento que ela entrou no aposento onde ficam os resgatadinhos, a laranjinha ficou em seus pés a pedir carinho. A tutora do abrigo se admirou do fato estranho, pois a pequenina não saia para ninguém, ao contrário, se chegava um humano, ela se escondia nos lugares mais inacessíveis. Falou isso para minha maninha.

Então, consequência dessa atitude, foi trazida para casa. Naturalmente, estranhou o ambiente e os moradores, ficando escondida embaixo da cama por dias. Mas aos poucos foi saindo e se adaptando ao novo ambiente. Estimava-se estar com 1 ano de idade. 

Ao passar dos dias, estranhamos seus miados altos e estridentes, como se sentisse dores. Foi levada ao veterinário, que a diagnosticou com piometra, por não ter sido castrada corretamente. Estava em estado inicial e foi recomendado um tratamento. Porém, mesmo tendo sido feito tudo corretamente, ela continuou doente. 

Foi levada a outros veterinários, até encontrarmos um que nos deu a solução. Deveria ser feita uma cirurgia, pois o ultrassom acusou ter resíduos de útero e ovário, que estavam inflamados. Cirurgia feita, cuidados dobrados, hoje está perfeita e saudável.

Ela tem uma cicatriz na boca, que deve ter sido causada por algum ferimento grave em brigas ou humanos maldosos em seu tempo de rua.

Essa é nossa Abóbora, a laranjinha rejeitada nas ruas, mas hoje muito amada por todos.

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