Detalhes sobre gatos


Lord (Gato Mimado) com 1 ano

Algumas regras que é bom saber sobre mim e meus amigos peludos

Essas orientações foram obtidas no site peritoanimal.com, com alguns trechos copiados na íntegra e adaptados para o Português Brasil, dos textos de Carolina Costa - médica veterinária.

Os gatos são animais de hábitos sistemáticos e que não gostam muito de novidades, por isso não se surpreenda que uma mudança numa das suas rotinas possa fazer com que eles deixem de comer, beber ou usar a caixinha de areia. A simples alteração do local do comedouro, a introdução ou perda de um elemento da família ou uma doença podem levar a um gato triste, apático e sem apetite.
 
Meu gato não quer comer: rotina, depressão e estresse.

É importante que você conheça a personalidade e os gostos do seu gato, para saber quais as situações que são normais e quais não são no seu dia a dia. A verdade é que os gatos também podem ter problemas emocionais, ficar estressados, tristes e até ter depressão. É comum, e em certas situações, o tutor se questionar: “meu gato não come e só fica deitado, devo me preocupar?”. A resposta é muito simples, qualquer alteração no apetite e comportamento do animal deve ser motivo de preocupação.

O estresse e a depressão são duas condições que afetam não só a saúde mental como a saúde física, causando:
                                                                                                                                                                                                                                                                         
Inatividade;
Excesso de horas de sono;
Falta de apetite;
Diminuição da interação com os tutores e outros animais;
Perda de interesse por brinquedos ou guloseimas;
Alterações do comportamento (mais assustados, fugitivos ou aumento da vocalização).

O veterinário é a única pessoa capaz de diagnosticar e ajudar nestes casos.

Uma outra questão comum é quando o tutor afirma “adotei um gato e ele não quer comer”. O animal pode não comer devido ao estresse que está passando. Por mais cômodo e adequado que seja o novo ambiente, o organismo tem que se acostumar a todas as novidades (nova casa, novos tutores, novos odores, novo alimento, etc.) e isso pode ser muito estressante para o animal.Quando se tratar de um filhote ou gatinho jovem, a sua ambientação é mais fácil, o adulto fica mais difícil a adaptação.

Meu gato não quer comer

Como vimos, o estresse e a depressão são alguns exemplos de condições que podem originar diminuição ou perda de apetite nos gatos, mas existem muitos outros fatores (externos e internos) que podem também originar isso.

Quando um gato deixa de comer ou come menos do que o habitual é quase sempre indicativo de que algo não está bem, podendo ser algo mais ou menos grave. Apesar de a frase “meu gato não come há 3 dias ou mais” ser muito comum na prática clínica, é importante que não o gato não fique sem comer por mais de dois dias. Os órgãos deste animal (especialmente o fígado) são muito sensíveis à falta de alimentação, podendo causar graves consequências a longo prazo.

Existe um transtorno hepático, a lipidose hepática, que surge em gatos obesos e em gatos com jejum prolongado de mais de 48h. Neste processo ocorre um excesso de deposição de gordura no fígado, que fica sobrecarregado e não consegue realizar as suas funções normais. Os principais sintomas deste transtorno são:

Vômitos;
Diarreia;
Salivação;
Depressão;
Anorexia;
Mucosas amarelas (icterícia);
Anemia.
 
Por estas razões, a perda de apetite em gatos é uma questão que não pode ser ignorada.

Meu gato não quer comer e está triste: causas por fatores externos

As causas de um gato sem apetite por fatores externos (provocados por algo no ambiente do animal), são:

Mudanças no território

A mudança da posição dos móveis, do local da caixa de areia, do comedouro, assim como viagens, festas, morte ou introdução de um novo membro na família, (seja animal ou humano) é um fator de estresse e muitos gatos reagem mal a essas alterações deixando de comer e beber. Se a simples mudança de um móvel para um local novo provoca o desagrado do animal, imagine a presença de um animal ou ser humano desconhecidos. Nestas situações, existem difusores e sprays de feromônios felinos que podem ajudar a aliviar o estresse ou a introdução gradual das mudanças com treino de habituação.
Alterações na dieta

Os gatos são conhecidos por serem muito exigentes na sua alimentação e a introdução de uma nova ração pode levar à denominada neofobia alimentar, que se caracteriza pela recusa completa do novo alimento. Assim, não é boa ideia fazer transições repentinas na dieta do animal além de que, pode provocar problemas gastrointestinais.

Só se deve fazer alterações em casos que assim o necessários como o crescimento (desmame e transição para idade adulta) ou em caso de doenças que exijam dietas específicas. Além disso, qualquer transição alimentar deve ser sempre feita durante, no mínimo, sete dias:
 
1º e 2º dia: colocar uma maior percentagem da ração atual/antiga (75%) com um pouco da nova (25%);
3º e 4º dia: igual quantidade de ambas as rações (50-50%);
5º e 6º dia: menor quantidade da antiga (25%) e maior da nova (75%);
7º dia: apenas a nova ração (100%).

Trauma ou choque

Um trauma ou susto pode causar um nível tão grande de estresse que o animal pode se recusar a comer e mesmo a defecar durante alguns dias.
Solidão, aborrecimento, tédio, ansiedade por separação

Apesar de se achar que os gatos são animais independentes e não precisam da companhia humana, esta afirmação não é propriamente verdade. Os gatos são seres sociais e caçadores natos, gostando de se entreter e interagir com diversos estímulos durante todo o dia com brinquedos, instrumentos de comida interativa, outros animais e com os tutores.

A falta de estímulos sociais, ambientais e cognitivos leva a que o gato possa desenvolver aborrecimento e tédio, que mais tarde podem converter em depressão e comportamentos anormais.
Intoxicação ou envenenamento

Existem muitos produtos químicos, fármacos e plantas que são extremamente perigosos para os gatos devido à sua toxicidade. É importante que você saiba quais são as plantas tóxicas para os gatos.

Temperaturas elevadas. 
 
Os dias de maior calor dão mais moleza ao animal e fazem com que ele durma mais tempo, se mexa pouco e não tenha tanta vontade de comer. É muito importante que você mantenha a hidratação do animal e forneça várias fontes de água fresca em diferentes pontos da casa.

A desidratação pode também levar o gato a não comer, podendo ser uma situação em que você pensa: "meu gato não come e só fica deitado” ou “meu gato não come só bebe água”. Precisamente pelo calor excessivo eles tendem a se movimentar menos e a não comer. Tente colocá-lo num local fresco e abrigado durante as horas e dias de maior calor.
 
Meu gato não quer comer e está triste: causas por fatores internos

As causas de um gato sem apetite por fatores internos (no próprio organismo do animal), são:

Ingestão de corpos estranhos

Como sabemos, os gatos são animais muito brincalhões e adoram um bom fio ou bola para brincar. Contudo, corpos lineares como fios elétricos ou de tecido ou objectos pontiagudos são muito perigosos quando o animal os ingere, uma vez que provocam irritação na mucosa gastrointestinal e podem causar torção ou perfuração dos órgãos, representando risco de morte.

Bolas de pelo

Os denominados tricobezoares, se formam devido à ingestão e acumulação de pelos mortos e soltos no trato gastrointestinal. Geralmente eles são eliminados nas fezes, mas existem alguns momentos que podem causar problemas, como vômitos de pelo, tosse, diarreia, perda de apetite e obstruções gastrointestinais. Uma boa forma de prevenir é escovando o pelo do animal, administrar malte e ervas específicas para bolas de pelo.

Parasitas externos e/ou internos

Podem enfraquecer o organismo do animal e ainda provocar obstruções ou tamponamentos no trato gastrointestinal. É extremamente importante seguir a orientação do veterinário na desparasitação.
 
Bibliografia utilizada pelo site peritoanimal.com
  • Case, L. et al (2010) Canine and Feline Nutrition 3rd Edition - A Resource for Companion Animal Professionals, p576;
  • Hall, E. J. (2005) BSAVA Manual of Canine and Feline Gastroenterology 2nd Edition (BSAVA British Small Animal Veterinary Association);
  • Little, S.E. (2016) August's Consultations in Feline Internal Medicine, Volume 7, 1st edition, Elsevier.

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Este é o Lord (Gato Mimado)
 
(Texto da equipe editorial do site peritoanimal.com.br, na íntegra)

Se você tem um ou mais gatos, com certeza já passou por esta situação: o seu gato está te lambendo tranquilamente... e de repente te morde! O que aconteceu? Será que não estava gostando da massagem? Por que o meu gato teve este comportamento?
 
A linguagem felina - comportamento dos gatos

Mesmo que você seja um tutor experiente que conhece bem o seu pet, nem sempre é fácil compreender aquilo que o felino está te dizendo. Por isso, é essencial que você aprenda mais sobre o universo felino e a linguagem corporal dos gatos. Sempre que possa, leia artigos relacionados com a etologia (ciência que estuda o comportamento animal), que com certeza vai ajudar a compreender mais sobre os fantásticos animais que são os gatos e a interpretar certos comportamentos de uma forma mais adequada.

Como você deve saber, os gatos utilizam o corpo deles para se comunicarem com os humanos e para expressarem emoções. Assim sendo, quando o seu melhor amigo te lambe e depois mordisca, você deve estar muito atento ao corpo dele e, desse modo, tentar compreender o porquê de ele apresentar essa conduta. É possível que você o tenha assustado, sem querer, enquanto lhe fazia carinho? O seu gato lambia você enquanto ronronava e mordiscava suavemente? A forma como o seu gato realiza este comportamento expressa muito mais do que você pode imaginar!
 
Quando o gato lambe e morde - o que significa

Não existe apenas uma forma de interpretar as lambidas, mordiscos e mordidas dos gatos, por isso, vamos explicar para você cada comportamento detalhadamente:

Por que os gatos lambem?

A língua dos gatos é, sem dúvida alguma, única e especial: está formada por pequenos espículos de queratina que são especialmente úteis na sessão de limpeza deles, para pentearem o pelo e eliminarem toda a sujidade do mesmo.

Por isso, quando um gato dá lambidas no tutor ou lambe o cabelo, está apresentando uma conduta social, considerando-o do grupo social dele, como se o tutor fosse um gato. É uma conduta social positiva, que manifesta a existência de um bom vínculo entre o cuidador e o gato.

Para além disso, o gato pode lamber você como uma demonstração de afeto, já que aprendeu que mediante determinadas associações, que esse é um comportamento que você gosta e que origina mais carícias e afeto. Por outro lado, lamber de forma incessante (até compulsiva) pode significar que algo não está bem e que o bem-estar do seu bichano está comprometido, indicando estresse e ansiedade. Nesse caso, recomendamos que você reveja os 5 sintomas de estresse em gatos.
Por que os gatos mordem?Tal como acontece com as lambidas, uma mordida também pode ter vários significados. Apesar disso, quem já foi mordido por um gato muito bravo ou assustado sabe que isso não tem nada a ver com as mordiscadas que um gato dá quando está brincando, mesmo que machuquem um pouco. Os gatos verdadeiramente chateados ou assustados mostram uma linguagem corporal muito expressiva, se contraindo e ficando rígidos e eriçados. Para além disso, é comum que bufem, miem de forma alerta e encurvem as costas.

Este tipo de mordidas (acompanhadas de arranhões doloroso) não têm absolutamente nada a ver com as mordidas por brincadeira, que geralmente fazem quando se descontrolam. Para além disso, existem mordidas de aviso para que você pare de o incomodar ou de fazer carinho, e as mordidas como demonstração de afeto, que costumam ser mais controladas e repetitivas.

Por que os gatos lambem e mordem

Uma pergunta muito frequente é por que os gatos mordem e lambem, a resposta é que alguns gatos mordem logo após lambidas como sinal de aviso para que você pare de lhe fazer carinho. Outros, fazem isso como forma de afeto e outros ainda o fazem como uma forma de grooming, ou seja, porque estão cuidando de você.Os gatos se limpam uns aos outros, se lambem e dão mordidas suaves de forma a realizarem corretamente a higiene e arranjarem o pelo. Por esse motivo, é muito normal que durante uma sessão de beleza, o seu companheiro te morda e isso não significa que seja uma conduta negativa. 
 
Quando a mordida machuca

Depois de entender por que os gatos mordem, é importante saber o que você deve fazer quando seu gato te morder e machucar. Em primeiro lugar, você jamais deve castigá-lo, já que o seu felino está realizando uma conduta social, embora para nós não seja prazerosa.

Como você deve atuar quando o seu gato o morde? O ideal é que depois da mordida você pare de acariciá-lo e o ignore. Se você for sempre constante e repetir este comportamento, com o passar do tempo o seu gato começa associando as mordidas ao final da brincadeira, ou da sessão de carícias, e saberá perfeitamente que, se ele fizer isso, não terá mais atenção.
Ao mesmo tempo, é imprescindível que você aplique técnicas de reforço positivo para fortalecer as condutas que agradem, como quando o gato está tranquilo, dá lambidas sem morder ou ronrona pacificamente. Para isso, você pode usar um simples "muito bem" ou apostar em petiscos mais saborosos.
 
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